no jornal Correio Popular, de Campinas (SP)
Cidades
Escola gay pretende instalar câmeras para evitar ataques
CHESLLER MOREIRA, presidente da Escola Jovem LGBT,
mostra os restos de uma garrafa jogada contra a porta de vidro da escola
Depois do segundo ataque em menos de um mês, a Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais), de Campinas, pretende instalar câmeras na instituição para inibir as ações criminosas. O último ataque ocorreu na noite de segunda-feira, quando uma pessoa não identificada jogou uma garrafa de Cidra contra uma porta de vidro. Em outubro, a instituição foi vítima de apedrejamento. Não houve feridos em nenhum dos casos.
Segundo o presidente e idealizador da Escola Jovem de Campinas, Chesller Moreira, os ataques têm ligação direta com homofobia. “Com certeza, foi esse o motivo. Nunca tivemos problemas com a vizinhança, mas a E-Jovem traz algumas questões que de certa forma ‘ferem’ a moral e os bons costumes de algumas pessoas”, afirma. Os coordenadores da instituição vão registrar um boletim de ocorrência e pretendem instalar câmeras no local. “É um dinheiro que vai sair do nosso bolso, mas que vai ajudar a identificar os autores”, disse. A escola também pretende realizar trabalhos de conscientização sobre homofobia. “Temos a intenção de realizar uma palestra sobre homofobia em uma escola vizinha. Esse episódio me deu mais ânimo para promover ações de conscientização”, disse.
Para Paulo Reis, coordenador de políticas para diversidade sexual da Prefeitura de Campinas, os ataques são fruto da intolerância contra a população LGBT. “É sabido que essa população faz parte de um grupo muito vulnerável”, afirma. Reis orienta que o grupo ou a pessoa que for vítima de violência deve registrar um boletim de ocorrência e procurar o Centro de Referência LGBT para que o caso seja acompanhado. “O nosso objetivo é não deixar que o caso fique sem solução”. (AAN)
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