terça-feira, 16 de março de 2010

Clipping da abertura da Escola Jovem LGBT

  
Pra começar, uma matéria que saiu sábado, no Correio Popular, avisando que a escola ia abrir:

Escola gay inicia as aulas neste sábado em Campinas
Pioneira no gênero em todo o País, unidade começa suas atividades com 5 cursos; aulas gratuitas para 64 alunos

13/03/2010 - 07h38 . Atualizada em 13/03/2010 - 07h47

Fernanda Nogueira

Agência Anhanguera de Notícias | fale com o repórter
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 Chesller Moreira, responsável pela oficina de bonecas de pano
(Foto: Dominique Torquato / AAN)
 O professor de dança Leandro Henrique Ochaialini, um dos docentes da Escola Jovem LGTB de Campinas: jazz, street, balé e contemporâneo
(Foto: Dominique Torquato / AAN)
A primeira escola voltada ao público gay do Brasil será inaugurada hoje em Campinas. No início de suas atividades, o espaço contará com cinco cursos, sete professores e 64 alunos. As atividades serão gratuitas. As aulas serão de web TV, fanzine, dança, teatro e canto e coral. Segundo o idealizador da Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), Deco Ribeiro, a temática gay irá perpassar os cursos.

A escola conta com apoio financeiro da Secretaria Estadual da Cultura, que escolheu o projeto para ser um dos 300 pontos de cultura do País financiados por meio de um convênio entre Estado e União. Por três anos, a escola terá verba de R$ 60 mil anuais. De acordo com Ribeiro, até agora já foram investidos cerca de R$ 20 mil em equipamentos, como ilhas de edição, computadores e câmeras fotográficas, e material para as aulas, como mesas, papelaria e figurinos.

Os cursos serão ministrados em salas de aula de cerca de dez metros quadrados cada uma, em uma casa de paredes cor-de-rosa, no Jardim Nova Europa. Apesar da cor forte da fachada, as bandeiras nas cores do arco-íris ficam apenas na parte interna do local, já que a palavra de ordem na escola é discrição na área externa. De acordo com Ribeiro, essa é uma forma de manter a segurança. “Aumentamos a altura das grades e cobrimos a área da entrada para garantir a nossa segurança”, disse Ribeiro.

Entre os estudantes, há moradores de São Paulo e Santos, além de Campinas e região. A seleção entre 120 inscrições de candidatos foi feita, principalmente, pela idade, todos têm, no máximo, 29 anos, e pelo endereço. “Nosso objetivo é oferecer um espaço para serem quem são de verdade, porque muitos têm que fingir que são heteros”, disse Ribeiro. Além disso, o coordenador afirma que outra intenção da escola é oferecer aos alunos ferramentas para poderem se expressar.

A média de idade da maioria é de 18 a 20 anos. Segundo Ribeiro, a maior parte dos alunos é composta de gays e lésbicas, mas há também heterossexuais matriculados. “A escola não é só para gays, não é um gueto. É um espaço para divulgar a cultura gay”, afirmou Ribeiro. De acordo com o coordenador, os alunos de São Paulo e de Santos foram escolhidos pelo interesse que mostraram, comparecendo na escola no dia da seleção. Esses dois alunos e outros dois terão uma ajuda que vai de R$ 100,00 a R$ 200,00 para pagar o transporte até a escola.

O projeto também teve uma grande procura de profissionais interessados em ministrar cursos. Pelo menos 74 profissionais procuraram a coordenação da escola com sugestões de cursos extracurriculares. Atualmente, são sete professores, mas Ribeiro já planeja começar turmas, ainda este ano, de redação, inglês e cidadania, todos com professores voluntários.

A inauguração hoje contará com um show da drag queen Lohren Beauty, além de um café da manhã. Às 9h, já começa o curso de dança, com os professores Bruna Baby, uma drag queen, e Leandro Henrique Ochaialini. “Ensinaremos jazz, street, balé e contemporâneo”, afirmou Ochaialini.

O curso de teatro será dado pelo ator Gustavo Tonini, que interpreta a drag Priscilla (bastante conhecido por suas apresentações de humor em Campinas e região). As aulas de canto e coral terão o comando de Cristiano Henrique da Silva, as aulas de web TV serão ministradas por Fábio Silva e as de fanzine terão como professor Breno Agnes. Parte dos professores receberá uma ajuda de custo, de acordo com Ribeiro, e outros são voluntários.

Várias apresentações dos grupos, incluindo peças de teatro e shows de dança, e a divulgação de produtos, como vídeos e fanzines, estão programadas para os próximos meses, segundo o idealizador da escola. Ao final de três anos, serão 28, de acordo com o projeto apresentado à Secretaria Estadual de Cultura.
Saiba mais

Cursos da Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais)
Dança, aos sábados, das 9h às 12h
Fanzine, aos sábados, das 13h às 16h
Web TV, aos sábados, das 16h30 às 19h30
Teatro, às quartas-feiras, das 17h às 20h
Canto e coral, ainda sem horário definido
12 será a média de alunos em cada turma


Alguns dos produtos que serão gerados a partir dos cursos:
Apresentações teatrais e de dança
Vídeos
Cinco fanzines com mil cópias cada um


Mais informações no site www.e-jovem.com

Agora as matérias APÓS a abertura:


Escola gay abre com missão de lidar com preconceito
Primeira instituição de ensino gay do País entrou em operação; ponto de cultura recebe recursos federais

14/03/2010 - 08h50 . Atualizada em 14/03/2010 - 09h02

Sammya Araújo

Da Agência Anhangüera | fale com o repórter
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A drag queen Lohren Beauty (esq.) e o diretor Deco Ribeiro (centro), cortam a fita de inauguração
(Foto: Carlos Sousa Ramos/AAN)
Natasha nasceu num corpo feminino, mas desde criança sente-se um homem e prefere ser chamada de Jefrey, sua personalidade transexual. Já 'Fer' Scalabrini chegou a ser modelo fotográfico, antes de fazer ponto na Avenida Aquidabã e ficar conhecido como Orgastic Boy. Os personagens são fictícios, assim como suas resumidas biografias. Mas são emblemáticos e por isso nomeiam bonecos expostos nas paredes da casa cor-de-rosa que sedia a primeira escola gay do País, inaugurada ontem (no Jardim Nova Europa, em Campinas.

Confeccionadas por participantes de oficinas do Grupo E-Jovem, organização não governamental (ONG) embrionária da Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), as figuras de pano retratam as dificuldades enfrentadas por quem se descobre — e se revela — homossexual.

“Nenhuma dessas histórias é fácil. São pessoas que enfrentam uma realidade de violência e discriminação. Essa é uma das justificativas para existir a escola, encontrar formas de lidar com preconceito, que entendemos ser falta de conhecimento”, afirma o diretor e um dos idealizadores do projeto, Deco Ribeiro.
Aberta com cinco cursos livres (fanzine, teatro, dança, canto e coral e web TV), a escola é um dos 300 pontos de cultura do Brasil beneficiados com recursos do Fundo Nacional de Cultura. Selecionada pela Secretaria de Estado da Educação para integrar o programa com duração de três anos, a Escola LGBT, que tem sete professores e 64 alunos, receberá R$ 60 mil anuais.

Os conteúdos serão formatados e apresentados pelos alunos em diferentes linguagens e produtos. “Vamos desenvolver conteúdo educativo para veiculação em qualquer tevê pública, com objetivo de melhorar a relação com a diversidade e promover a tolerância”, explica Fábio Silva, professor de web TV.

Outra resultante das aulas será a peça de teatro Nem tudo está perdido, de autoria de Gustavo Tonini, mais conhecido como a drag queen Priscilla, a ser encenada em junho. “É a história de um menino gay coagido por homofóbicos até que encontra sua ‘fada madrinha’, uma drag queen, que passa a lhe aconselhar para ser feliz”, resume Tonini.

O curso de dança terá um módulo de performance artística a cargo da drag Lohren Beauty, ou Chesller Moreira, coordenador do E-Jovem. “Vamos mostrar desde maquiagem e figurino a noções de inglês, porque dublagem não é mascar chiclete”, afirma ela, que exalta ainda a multidisciplinaridade da escola.    
     


VÍDEO DO SBT local, aqui de Campinas:


MAIS matérias:

Primeira escola gay dá início às aulas

Com recursos dos governos federal e estadual, Campinas abre instituição para jovens homossexuais

SORAIA GAMA
soraia.gama@diariosp.com.br

Alto astral, música e bandeira com as cores do arco-íris. Tudo isso em uma casa cor-de-rosa, em um lindo sábado ensolarado. Não poderia ter sido diferente o dia da inauguração da Escola Jovem GLBT, em Campinas — a primeira para gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros. Mas homens e mulheres héteros também podem assistir às aulas. Afinal, o objetivo é diminuir o preconceito.

“Não é uma escola só para gays. Ela tem a temática gay. Quanto mais se discutir esse universo, melhor”, explica Deco Rodrigues, de 38 anos, diretor da escola, que foi criada pela da ONG E-Jovem. Mas, apesar de estar aberta a heterossexuais, o machismo ainda reina. Até agora só meninas se matricularam.

O projeto está previsto para durar, inicialmente, três anos, e conta com uma verba anual de R$ 60 mil, financiada pelo Ministério da Cultura e Secretaria Estadual de Cultura. “Com os computadores já investimos aproximadamente R$ 20 mil”, conta Deco.

A drag queen Lohren Beauty, de 27 anos, é a responsável pelo curso de drag queen. “Vou ensiná-los a se maquiar, escolher a melhor peruca e o figurino e dar dicas de etiqueta”, diz a presidente da ONG E-Jovem e Conselheira Nacional da Juventude GLBT.

Na escola também haverá cursos de dança, criação de fanzine, webtv, teatro, canto e coral.

Piadas e preconceito
“O pessoal do Rio Grande do Sul queria que a escola fosse em Pelotas”, brinca Fábio Silva, de 24 anos, professor de webtv, referindo-se à fama que as duas cidades têm de serem cidades de gays. “A gente escuta muita piadinha, sempre”, conta, sem perder o bom humor.

A travesti e professora de dança Bruna Eduarda, de 20 anos, vê na escola a possibilidade de alertar jovens sobre os perigos que os rodeiam. “Somos vistas com vulgaridade. E muitas vezes, por falta de oportunidade, algumas acabam se prostituindo e usando drogas.”

Escola para gays une aulas a discussão de valores

Amanda Mont'Alvão Veloso
do Agora
 
"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para uma drag." Com essa frase, a drag queen Lohren Beauty, 28 anos, cortou a fita que inaugurou a Escola Jovem LGBT --a primeira voltada para o público gay do Brasil-- ontem, em Campinas (93 km de SP).

A escola tem cursos gratuitas de canto, dança, teatro, web TV e fanzine, sempre aos sábados. A diferença é que, entre uma aula e outra, a instituição cria um ambiente para a discussão e a valorização dos gays, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros.

O convívio proposto pela escola inclui heterossexuais, representados por quatro dos 64 alunos já matriculados

Primeiro colégio brasileiro inteiramente dedicado à cultura gay, a Escola Jovem LGBT, situada em Campinas (interior do Estado), inaugura neste sábado (13) a sua sede.




Primeira escola gay do país inaugura sua sede

Situada em Campinas, Escola Jovem LGBT terá aulas para 54 alunos em quatro cursos

O evento começa às 8h, no bairro Jardim Nova Europa. Todos os equipamentos e salas de aula já estão prontos, e os professores já começam o dia ensinando os alunos - os cursos são livres e gratuitos.

A primeira turma, de dança, terá aulas das 9h até o meio-dia. Foram aprovados 11 estudantes, sete de Campinas. Todos os outros são do Estado de São Paulo.

No mesmo sábado acontece a aula de Web TV, das 13h às 16h. O curso teve 16 candidatos aprovados. A turma de fanzine, por fim, fecha a inauguração do colégio, com classes a partir das 17h.


São oferecidos quatro cursos - além dos três já mencionados, há uma turma de Canto e Coral, com 17 alunos escolhidos. No total, 54 jovens entre 13 e 29 anos vão estudar no colégio.

Todos terão acompanhamento de uma fonoaudióloga. Os estudantes gravarão um álbum no final do curso, que será divulgado em 2011.

As aulas serão dadas uma vez por semana - às terças, quartas, quintas ou sábados, dependendo do curso. Cada turma dura dez meses, de março até dezembro.

Gays e heteros
A escola é aberta tanto para gays quanto para heteros. Ela é fruto de um contrato entre o Ministério da Cultura, o governo do Estado de São Paulo e uma ONG de apoio à diversidade sexual - o Grupo E-Jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados.

O projeto receberá R$ 60 mil neste ano para suas atividades. Em três anos, prazo que dura o contrato, serão investidos R$ 180 mil.


A escola será um Ponto de Cultura e terá mais atividades, além dos cursos.

Presidente do E-Jovem e um dos diretores da escola, Chesller Moreira - conhecido como a drag queen Lorehn Beauty - afirma que houve muita procura pela escola:

- Estamos com lista de espera de 80 a cem nomes para cada curso. É muito mais do que esperávamos, com gente de outros Estados, como Mato Grosso e Amazonas querendo fazer as aulas.

Um dos diretores, Deco Ribeiro, reflete a importância de o colégio ser um espaço plural:

- Nossa proposta é quebrar o preconceito. Queremos ajudar a mudar uma visão ainda predominante, da cultura heterossexual normativa.

Ribeiro avalia que muitos tabus e padrões de comportamento estão incluídos nessa "norma hetero":

- Por exemplo, dizer que homens não podem usar rosa. Ou que gays não podem servir ao Exército. Tudo isso é herança de um certo conjunto de regras de caráter conservador e heterossexual que queremos quebrar.

Mais informações no site do grupo E-Jovem.

E, pra fechar, OUTRO vídeo do SBT, dessa vez o SBT Brasil: 



Arrasamos ou arrasamos?? =D

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