sexta-feira, 16 de julho de 2010

É PERMITIDA a manifestação de afeto entre pessoas de qualquer sexo.

Clique na imagem para baixar o cartaz

Nesse momento, está acontecendo uma manifestação contra a homofobia em frente ao Camp Chopp, em Campinas. Vários grupos e organizções LGBT da cidade estão na frente do bar com cartazes, megafone, panfletos, bottons, a cara e a coragem. Para deixar claro, de uma vez por todas, que atitudes covardes como a do segurança não podem mais continuar impunes.


O Camp Chopp, depois de dizer, e tentar sustentar, que foi o menino gay que agrediu o segurança (que tem o dobro do seu tamanho), vem se manifestando que "adora os gays", que "mais de 60% dos seus clientes são LGBT" e que eles não podem ter nada contra os gays. Tem até amigos dos donos postando comentários aqui no meu blog, dizendo que eles apoiam a causa e tudo o mais. Que beleza!

O que eles deveriam fazer então: Não permitir que pessoas que agridam homossexuais trabalhem no estabelecimento. É o mínimo. Treinar melhor seus seguranças e garçons, que tal? E afixar o cartaz acima, por exemplo, com a lei 10.948 (como, aliás, está previsto no artigo 8º da própria lei). Lohren Beauty está na manifestação, levando cópias do cartaz para todos os bares da praça do Sucão.

Que o Camp Chopp seja o primerio a exibir o cartaz bem à vista de todos os clientes. Aí vamos começar a creditar nas suas boas intenções.


Abaixo, reproduzo a carta-desabafo do E-jovem e o manifesto que está sendo entregue nesse momento lá no bar. Que sirva de exemplo a todos os outros estabelecimentos: acabou a mamata. Vamos ficar em cima de vocês agora.


E-jovem declara guerra a estabelecimentos homofóbicos


O Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados, que tem sede em Campinas/SP, vem a público manifestar seu profundo repúdio às recorrentes manifestações homofóbicas de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais da cidade. E avisa: CHEGA.

Na última sexta-feira, 9 de julho, um rapaz foi violentamente agredido por um funcionário do bar Camp Chopp, situado à rua Sacramento, 36, no centro. O jovem foi espancado com um cassetete de ferro por um segurança e levou 32 pontos na cabeça. O bar é conhecido por se recusar a atender, atender mal e até mesmo ofender clientes lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT), mesmo estando localizado na "praça gay" da cidade.

"Agora CHEGA," desabafa Lohren Beauty, presidente do E-jovem. "Estamos declarando guerra ao terrorismo homofóbico. Antes que a coisa fuja do controle." Na noite da agressão, o funcionário teve que se refugiar dentro do bar para escapar da fúria de gays, lésbicas e travestis, que só dispersaram com a chegada da polícia e a apreensão do agressor.

"Nossa guerra será na forma da lei," afirma a ativista. "E vamos denunciar esse e todos os demais casos de homofobia até as últimas consequências." A lei estadual 10.948/01 pune até com a cassação do alvará esse tipo de atitude e orienta os estabelecimentos a afixarem cópias desta lei em locais de fácil leitura pelo público em geral. O Grupo E-jovem providenciará essas cópias e exigirá que a lei seja cumprida.

"A manifestação do afeto entre pessoas do mesmo sexo é livre, em QUALQUER estabelecimento comercial do estado de SP. O acesso de homossexuais e travestis também. Isso deve estar na parede desses bares homofóbicos, para que seus donos e funcionários leiam e reflitam todos os dias antes de abrir," diz Lohren.

Uma manifestação está sendo planejada para essa sexta e sábado em frente ao estabelecimento por vários grupos e personalidades LGBT do estado de SP.


COMBATER A HOMOFOBIA: ESSA LUTA É TODO DIA


No dia 9 de Julho de 2010, (sexta-feira passada), fomos mais uma vez atingidos em nossa dignidade em razão de uma grave violação de direitos humanos contra um jovem gay de 18 anos, JONATHAN EDUARDO ALVES DO PRADO vítima de agressão covarde e homofóbica por parte de um segurança GUSTAVO PIRES RODRIGUES, do bar CAMP CHOPP, na Praça Bento Quirino, no centro de Campinas.

Em atitude abertamente homofóbica, o segurança ofendeu verbalmente o jovem Jonathan e na seqüência lhe desferiu um tapa no rosto, um golpe de cassetete no braço e por último em sua cabeça, o que fez com que o jovem desfalecesse e perdesse muito sangue, sendo socorrido e levado ao pronto-socorro, numa situação de alto risco que poderia até mesmo ter tirado sua vida. E mesmo depois de tudo isso, o agressor ainda afirmou que “viado tem mesmo que morrer”, não deixando qualquer dúvida sobre suas motivações de ódio a homossexuais.

Esta não é a primeira e certamente não será a última ocorrência de homofobia (ódio, aversão ou intolerância contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero) no município de Campinas, no Estado de São Paulo e no Brasil, e temos consciência do desafio que enfrentamos, nesta luta cotidiana contra as situações de discriminação contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Mas é nossa obrigação vir a público e denunciar esta barbárie praticada em razão do ódio homofóbico, exigir que as autoridades públicas municipais, estaduais e federais tomem as providências cabíveis, e convocar à população à solidariedade não apenas ao jovem Jonathan, mas a todas as pessoas que são vítimas de discriminação e intolerância, seja por homofobia, machismo, racismo, intolerância religiosa ou procedência regional ou nacional, ou qualquer outra motivação de desigualdade.

Precisamos mais uma vez erguer nossas vozes pela aprovação no Senado do PLC nº 122 de 2006, criminalizando a homofobia, e denunciar estes fatos perante o Governo Municipal para aplicar a Lei Municipal nº 9.809 de 1998, que pune qualquer ato de discriminação em Campinas, e perante o Governo Estadual para a aplicação da Lei Estadual nº 10.948 de 2001, punindo atos homofóbicos no âmbito do Estado de SP.

Para reafirmar publicamente nosso repúdio a este fato e a toda e qualquer forma de discriminação, e dizer a todo o povo de Campinas, do Estado de SP e do Brasil que não haverá uma verdadeira democracia sem o respeito a todas e todos, com a superação de todas as formas de opressão à humanidade, estamos convocando uma manifestação pública para esta sexta-feira, 16/07/2010, às 19h00, na Praça Bento Quirino, e contamos com a presença de quem está nessa luta pra valer.

DIGA NÃO À DISCRIMINAÇÃO! HOMOFOBIA NUNCA MAIS

Organizações que assinam este manifesto : Aos Brados-Vivência Digna da Homossexualidade ; Comissão Organizadora da Parada LGBT de Campinas ; Comunidade LGBT da Vila Padre Anchieta ; E-Camp - Grupo E-Jovem em Campinas ; E-Jovem – Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados ; Identidade – Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual ; MO.LE.CA – Movimento Lésbico de Campinas ; NuDU – Núcleo de Diversidade Sexual da Unicamp ; Frente LGBT do PcdoB ; Núcleo LGBT do PT ; Juventude do Movimento Democrático Brasileiro- JMDB Campinas ; Associação Cida da Terra - Promotoras Legais e Populares de Campinas ; Associação Social, Cultural e Beneficente de Tradições Afro-Brasileiras "Inzo Musambu" Rainha das Águas Doces ; Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas ; Coordenadoria Nacional LGBT da UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) ; Escola Jovem LGBT ; Coletivo LGBT da CUT (Central Única dos Trabalhadores) SP ; Coletivo LGBT da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP) ; Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas ; União da Juventude Socialista - Campinas

Um comentário:

Davy Rodrigues disse...

Olá Deco. Sou escritor Romancista Inclusivo. Lancei meu 1º Livro intitulado Proibido Amor em Maio deste ano e o livro trata do assunto Homofobia Religiosa, pois sou Bacharel em Teologia e abracei a linha da Filosofia Inclusiva. Quero convidá-lo a acessar o blog do livro (este mesmo www.livroproibidoamor.blogspot.com) e conferir o que tenho postado.
Parabéns pelo seu blog e pelas matérias postadas!

Abçs

Davy Rodrigues/RJ