quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A eleição MAIS IMPORTANTE é a de SP

Mercadante 13: para transformar São Paulo

Eu já disse a vários interlocutores e agora repito aqui publicamente: a eleição MAIS IMPORTANTE de todas, o voto que deve ser mais bem considerado, é a de Governador em SP.

E explico por quê.

Hoje me dediquei a procurar quando tinha sido a última vez que o Estado de São Paulo tivera um governo progressista. Não consegui encontrar. Desde Prudente de Morais (primeiro governador de SP, de 1889 a 1890 (!!!)), grande expoente da oligarquia cafeicultora, os paulistas têm sido governados por essa oligarquia, seguida por ilustres membros do Partido Republicano Paulista (onde se refugiava a nata da elite na época - a Folha e o Estadão nasceram neste berço), interventores militares, UDN (os oligarcas de volta), ARENA (o partido que sustentou a ditadura militar) e, logo em seguida, o PSDB (com um intervalinho para Quércia e seu pupilo Fleury).

Há 120 anos, portanto, o estado de SP não sabe o que é ser governado pelo seu povo.

Desde 1983, há 27 anos, é governado pelo PSDB e seus aliados quercistas.

Prudente de Morais: primeiro governador era da elite do café

E o resultado ta aí. Um estado onde se ganha muito dinheiro, onde se produz muito dinheiro, mas onde toda essa riqueza se concentra nas mãos de uns poucos - e a miséria grassa terrivelmente interior adentro. Ora, não é à toa que a cultura caipira, sertaneja, é tão celebrada pelos paulistas: viaje uma hora e meia saindo da capital, em qualquer direção, e a noção de "São Paulo, Selva de Pedra" desaparece. Essa São Paulo do interior, salvo alguns soluços pontuais, não diferem muito do que Monteiro Lobato viu nos anos 30.

E, para os que governam SP desde sempre, é ótimo que continue assim. Crescimento do interior? Distribuição de renda? Investimento em Cultura, Educação? Só se for pra elite. Os governantes do PSDB odeiam tantoo povo que não só deixam de fazer como ainda sabotam quando o governo federal tenta ajudar.

Pergunte em qualquer Conselho de Saúde de SP qual a participação do Governo do Estado no SUS, por exemplo. É um boicote total à saúde pública - e o Estado ainda tenta ludibriar a população com programas pontuais como mutirões (mutirão é sinônimo de que algo está sendo feito errado e é preciso um esforço adicional para pôr s coisas nos eixos - e o Serra ainda usa isso como mote de campanha!), ambulatórios especiais, etc. Besteira. Bastaria investir no SUS.

E a Educação, a maior tragédia do Estado... SP boicota os livros didáticos do governo federal e produz um "jornalzinho" xumbrega que obriga os professores a dar aos alunos e basear suas aulas nele... Um jornal feito nas coxas, cheio de erros. Pra não falar na tal da progressão continuada sem avaliação etc.

E nem vamos falar de Segurança Pública também (porque, né, o PCC surgiu no governo do PSDB e talz).

Enfim.

Mercadante e Dilma: São Paulo alinhado com o Brasil

São Paulo precisa que aconteça aqui o que aconteceu no resto do país. O que Lula fez no resto do país. É muito simples. O olhar precisa sair da oligarquia cafeicultora e pousar um pouco mais no povo, nos trabalhadores, estudantes, camponeses. Nos negros, nas mulheres, nos homossexuais. É preciso mais Cidadania, mais Cultura, mais Educação.

E, principalmente, mais Humanização.

São Paulo precisa deixar de ser governado por zumbis. Tem que voltar a ser governado por GENTE.

Olha a tropa aí: Netinho (650), Marta (133), Dilma (13), Lula e Mercadante (13)

Ainda bem que dia 3 ta aí.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Célio Turino 6513 - Entrevista e Plenária Final

Galera,

No próximo dia 30/09 (quinta-feira), às 19h, no Teatro de Arte e Ofício, realizaremos a Plenária Final do Célio Turino, em Campinas. Contamos com a sua presença e pedimos, gentilmente, que confirme presença por e-mail ou pelos fones (19) 3201.0561 ou 3201.0560.



Segue entrevista que o Célio concedeu ao portal Vermelho.

Na Câmara, Turino quer defender cultura como riqueza da nação

Célio Turino se sente em casa em meio a fanfarras, cururus e catiras oferecidas a ele pelo povo paulista como amostra de sua identidade cultural nas viagens do candidato pelo estado. Depois de sua passagem pelo Ministério da Cultura, onde criou, entre outras ações, os Pontos de Cultura, o paulista de Indaiatuba virou referência em círculos que vão do popular ao erudito. “A cultura é a riqueza das nações. Isso sintetiza o meu entendimento do papel da cultura”, diz, em referência ao seu jingle.

A trilha de sua campanha (ouça abaixo), aliás, é uma amostra do reconhecimento ao seu trabalho. Foi gravada pelo ex-ministro Gilberto Gil. Outra demonstração veio da revista Caros Amigos que, em sua edição de setembro apontou Turino como um dos candidatos a deputado federal apoiados pela publicação. Além disso, países latinoamericanos têm reproduzido a experiência dos Pontos de Cultura.

Recentemente, foi apresentado no parlamento argentino um projeto de lei com essa proposta. E o jornal britânico The Guardian estampou em uma de suas manchetes que seu país tinha muito que aprender com o projeto brasileiro.

O comunista, que atua há mais de 30 anos junto a movimentos culturais e sociais pelo país, busca agora uma cadeira na Câmara dos Deputados, onde quer levar adiante sua visão da cultura como bem comum emanado a partir do povo e elemento transformador da sociedade. “Minha postura como parlamentar não seria apenas de um representante, mas de um mediador, de alguém que será instrumento da mobilização e da organização popular”, explica nesta entrevista.

Com uma campanha modesta, mas baseada em forte participação militante e voluntária, Turino já percorreu mais de duas centenas de cidades, realizando pequenas reuniões onde procura resgatar na população o sentido da cultura nacional. “A cultura é a base do desenvolvimento porque ela diz respeito à identidade; o próprio povo brasileiro, que tem avançado em sua auto-estima, tem percebido essa necessidade”, argumenta.

Acompanhe a seguir a íntegra deste bate-papo.

Partido Vivo: O que sua experiência no Ministério da Cultura trouxe para você e para uma possível atuação sua na Câmara?


Célio Turino: Trouxe a base dos meus compromissos. Uma das minhas bandeiras é justamente transformar os Pontos de Cultura e o Cultura Viva em projetos de lei. Mas, quero desdobrar essas experiências para uma série de outras, como Pontos de Cultura nas escolas, algo exequível e que custaria R$ 5 mil por mês por escola; em cada uma, poderia haver uma rádio, um estúdio multimídia para os estudantes desenvolverem suas atividades audiovisuais, teatro, dança oficinas de hip-hop etc. Acredito que isso tem um componente forte na recuperação da escola como um espaço de educação num sentido mais amplo.

Outra questão é a Lei do Protagonismo Juvenil. Fiz uma ação quando ocupei a Secretaria de Cultura de Campinas e depois no Ministério da Cultura, envolvendo 11 mil jovens, e que consistia em fazer com que os jovens recebessem uma bolsa equivalente a 60% do salário mínimo durante um ano para ter uma capacitação não para o mercado de trabalho, mas para trabalhos comunitários, atuando como agentes de lazer e de cultura. Teria o sentido de um serviço civil: todo jovem, de 16 a 24 anos, poderia fazer durante um ano. Nós já admitimos como sociedade o serviço militar. Por que não introduzir o serviço civil? E um não exclui o outro. Fiz um cálculo e vi que se atingirmos um milhão de jovens, o custo seria de 3,6 bilhões de reais por ano, valor que é não uma despesa, mas um grande investimento. O Brasil pode avançar muito com propostas realistas e de baixo custo.

Os Pontos de Mídia Livre é outra proposta sobre a qual tenho feito muita discussão nos espaços de mídia independente. Desenvolvemos este projeto em duas edições quando eu estava no Ministério da Cultura e agora quero transformar em lei. Trata-se de fazer com que 20% de toda verba de publicidade – seja do governo federal, estadual ou municipal – seja destinada por edital público à mídia livre. Não é compra de propaganda; é o financiamento da mídia livre entendida enquanto um direito fundamental para a construção da democracia. É preciso ter em mente que mídia não é mercadoria. Esta é uma proposta que tem tido bastante eco e apoio, tanto é que muita gente da área de comunicação tem me apoiado.

Partido Vivo: E o que seria a Lei dos Mestres e Griôs ?


CT: Minha postura como parlamentar não seria apenas de um representante, mas de um mediador, de alguém que será instrumento da mobilização e da organização popular. E isso se reflete muito neste projeto, uma lei de iniciativa popular para a qual já estão sendo colhidas assinaturas. Essa lei tem um significado muito importante porque são mestres de folia de reis, de capoeira, rezadeiras, pajés, etc., discutindo uma lei para eles mesmos, lei essa que garante o reconhecimento do saber tradicional transmitido por via oral. Com a garantia de pelo menos um salário mínimo, esses mestres poderiam continuar fazendo o que sempre fizeram, mas em melhores condições e mantendo relação com os aprendizes e com a escola.

Partido Vivo: Um dos carros-chefes de sua atuação no MinC foram os Pontos de Cultura – inclusive a Argentina tem um projeto de lei para reproduzir a iniciativa no país . Que balanço faz deles? O programa consegue cumprir seu papel?


CT: Entendo que sim. É difícil me dissociar dos Pontos de Cultura porque tive o papel de pensá-lo, idealizá-lo, implementá-lo e acompanhá-lo durante seis anos. Conseguimos desenvolver um processo muito rápido e intenso de afloramento de manifestações do nosso povo que sempre existiram e não eram reconhecidas e legitimadas. Hoje, com os Pontos de Cultura, isso acontece. Tanto que hoje o projeto está presente em mais de mil municípios; são mais de 3 mil pontos no país atendendo cerca de oito milhões de pessoas. Tenho ouvido muitos depoimentos sobre o significado que têm os Pontos de Cultura; um exemplo diz respeito à Faculdade de Educação da USP, que tem dois Pontos: um sobre o direito de brincar e outro sobre memória escolar. A experiência trouxe maior aproximação da universidade com a sociedade. Os Pontos de Cultura têm esse significado virótico; são como um vírus subversivo que vai entrando na sociedade e colocando as partes para dialogar. Um grupo de dança experimental, contemporânea pode dialogar com um grupo de cultura tradicional ou sócio-educativo; ao se encontrarem, vai acontecendo um processo de modificação de comportamentos, entendimentos etc.

Partido Vivo: A cultura, por muito tempo, foi uma espécie de bandeira secundária de governos, parlamentares e candidatos. Quando isso começou a mudar? Do ponto de vista do candidato, é possível ter a cultura como bandeira central?


CT: Isso ocorria até mesmo na esquerda. A cultura é a base do desenvolvimento porque ela diz respeito à identidade; o próprio povo brasileiro, que tem avançado em sua auto-estima, tem percebido essa necessidade. O marco principal, eu diria, foi a vitória de Lula; significou a gente ter alguém com a cara do povo ocupando com muita dignidade a principal cadeira da República. Isso desencadeou na sociedade um efeito simbólico, um desejo de participar, de falar. E abriu a possibilidade para que programas como o Cultura Viva e os Pontos de Cultura florescessem com mais intensidade. Como historiador, diria que daqui a 50, 100 anos, quem estudar este período do Brasil vai periodizá-lo em função disso: a vitória do presidente Lula teve um efeito muito mais cultural e simbólico do que até mesmo político, que é uma decorrência dos outros dois.


Partido Vivo: Qual o papel da educação e da juventude no processo de transformação da cultura em algo mais próximo da realidade do povo?


CT: A juventude vive certo desencanto. A geração que está com 20 anos hoje foi formada dentro do pensamento não apenas político, mas filosófico, ético e moral ditado pelo hegemonismo neoliberal, que pressupõe a ambição desmedida, o egoísmo, o hedonismo, características deste período. E as pessoas querem soluções muito rápidas porque tudo é rápido, efêmero. A cultural, ao contrário, tem o sentido de permanência, o que traz uma profundidade maior até do ponto de vista existencial e a juventude tem essa necessidade, tem se encontrado nesse sentido. Quando a gente conjugar de fato essa aproximação de uma maneira mais intensa – que percebo que tem ocorrido, mas ainda em alguns segmentos – a gente dará um salto para um novo patamar de civilização. Tanto que em minha campanha eu falo do terceiro salto civilizacional. Entendo a cultura com este sentido: como a mola propulsora desse salto. No campo educacional, a gente constata hoje a falência total desse padrão de educação instrumental dissociado da cultura. A educação tem sido um bom exemplo do que ocorre quando a atividade meio suplanta a atividade fim. E na realidade, a finalidade da educação é a cultura; a educação é um meio de transmissão da cultura, só que ela virou um mero meio de formatação das pessoas, formatação esta feita a partir do pensamento hegemônico. O neoliberalismo não foi apenas um movimento político; ele tem uma base ideológica, filosófica e ética muito forte. Por isso conseguiu a hegemonia; lógico que isso agora vai se desfazendo, mas se a gente quiser realmente dar saltos civilizacionais, com maior compromisso com a sociedade, precisamos ir à raiz do problema.

Partido Vivo: Ainda há no Brasil muitos problemas no âmbito cultural. Para citar alguns exemplos, a lei Rouanet em geral beneficia os projetos e artistas já consagrados; há a grande concentração dos meios de comunicação e a pouca valorização da cultura regional e da cultura das periferias nos meios de comunicação. Mas, estas são ainda questões difíceis de serem mudadas, dada a resistência de setores mais conservadores e elitistas. Como mudar esses e outros pontos ainda problemáticos da cultura nacional?


CT: Creio que uma saída seria a estratégia adotada nos Pontos de Cultura, que é ir mudando a cultura por baixo – trato sobre isso no livro Pontos de Cultura: O Brasil de Baixo pra Cima. Trato da mídia livre, do fomento, do protagonismo e da autonomia cultural do povo. Na medida em que a gente vai fortalecendo essa contracorrente mais protagonista, descentralizada, outros mecanismos vão fenecendo, perdendo força moral no sentido gramsciano. Por exemplo, a lei Rouanet é uma excrescência porque ela é a melhor representação desse pensamento neoliberal. É a transferência de recursos públicos para a esfera privada a partir de critérios de mercado – quem decide são os gerentes de marketing das empresas. A natureza do mercado é concentradora; então a natureza da lei Rouanet é igualmente concentradora. É contra isso que o Ministério da Cultura e o Juca Ferreira têm se colocado. Só que como ainda há um campo que se beneficia e depende da Lei Rouanet, não seria acertado extingui-la de um dia para o outro. A gente vai fortalecendo a ideia do fundo público; a PEC 150 vai nesse sentido: delimita um orçamento mínimo para a cultura de 2% na União, 1,5% nos estados e 1% nos municípios. Com essas ações, diria que a gente vai provocando uma transição.

Partido Vivo: Como você procura vincular sua atuação no meio cultural com sua visão comunista e com o projeto nacional de desenvolvimento que o PCdoB tem defendido? O que é ser comunista do Brasil do século 21?


CT: Em todas as reuniões que tenho feito, falo do salto civilizatório e me coloco como comunista. E isso significa defender o bem comum, que é tudo aquilo que enquanto humanidade não está no campo das mercadorias. Para isso, uma plataforma mínima deve contemplar saúde, educação, meio ambiente, cultura, a água, o ar, elementos que ao longo do tempo foram virando mercadoria, elementos de compra e venda. E a ideia do bem comum recoloca o sentido do público, do direito coletivo a esses e outros bens. Olhando a etimologia da palavra comunista, ela vem de comunhão, comunidade, bem comum. O meu jingle, inclusive, começa com uma síntese muito simples: a cultura é a riqueza das nações. Isso sintetiza do meu entendimento do papel da cultura.


Da redação,
Priscila Lobregatte

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Trânsito astrológico

Deco Ribeiro


signo
Capricórnio

ascendente
Virgem

data de nascimento: 10/01/1972
hora de nascimento: 22h

21/09 às 19h52 a 13/10 às 21h58


O despertar de novas idéias

Mercúrio na casa 1

Neste período que vai de 21/09 às 19h52 e 13/10 às 21h58, Deco, o planeta Mercúrio estará passando pelo seu ascendente e pela sua primeira casa astrológica. Este é um período de idéias novas, com muitos lampejos de inspiração e planejamentos que, se bem organizados, se revelarão interessantes e certeiros. Uma vez que Mercúrio é o representante simbólico da inteligência, convém utilizar esta fase com a finalidade de buscar soluções criativas para seus problemas, repensar e planejar melhor suas estratégias. A inteligência e a razão são, neste momento, a ferramenta certa para o seu crescimento, tanto interior quanto exterior.

Neste momento fortemente mercurial, você perceberá uma propensão maior a pensar racionalmente sobre as coisas, procurando entender melhor as coisas que talvez não tenha compreendido bem no passado. É, conseqüentemente, uma fase boa para conversas, sobretudo aquelas em que você pode "aparar as arestas" dos seus relacionamentos, colocando os pingos nos "is" e explicando melhor seus pontos de vista.

Nesta fase, Deco, é bem possível que você perceba um impulso natural para falar, se comunicar, escrever, ler, estudar. É uma fase intelectualmente ativa, mas, no que diz respeito ao dia-a-dia, é bem possível que você venha a perceber este momento como mais movimentado. Freqüentes mudanças e pequenos imprevistos positivos lhe estimularão a ver as coisas sob pontos de vista diferentes, aumentando sua flexibilidade e lhe mostrando o "outro lado da moeda". Podemos dizer, portanto, que esta é uma fase de novos aprendizados, e a mensagem aqui é clara: abrir a mente garante o êxito.

Mercúrio: Ô, lá na minha casa 1!

Comentário: É, pode ser... =/


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Deco na BAHIA

E não é que logo depois do Acre ainda consegui dar um pulo na BAHIA para participar do evento Stonewall 40 + o que no Brasil?, organizado pelo grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS - adoooro!) da Universidade Federal da Bahia?

Minha cara de cansado, chegando na Bahia direto do Acre...

A ideia do evento foi discutir o movimento LGBT, os estudos acadêmicos sobre a temática e as políticas públicas e identitárias desenvolvidas no Brasil após o marco histórico que deu origem ao Dia Mundial do Orgulho LGBT, em 28 de junho de 1969.

Eu, perticularmente, participei da mesa de encerramento do evento, ao lado dos professores Richard Miskolci, da UFSCar, e Suely Messeder, da UNEB. Falamos sobre novas perspectivas e desafios políticos atuais do movimento LGBT. Um debate muito interessante, me permitiu conhecer um pouco mais da política queer e até discutir um pouco os limites dessa política e da questão identitária. A fala do richard era a grande fala esperada do evento e me senti muito honrado em dividir o palco com ele - conseguimos até concordar em alguns pontos (logo eu, que não sou nada queer...).

Richard, Suely, mediadora, eu e o Prof. Leandro Colling,
coordenador do grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS)

Pelo que me pareceu do debate, o grande ressentimento queer é não se sentir parte de um movimento identitário (que se autointitula LGBT), por mais que também lutem contra a homofobia (por exemplo, héteros acadêmicos que estudem questões de gênero,sexualidade e preconceito).

Segundo Richard, o povo queer se sente mais a vontade numa luta contra a homofobia (pela aprovação do PLC122, por exemplo) do que numa luta pelo casamento gay (que só beneficiaria os LGBT). Até que dá pra entender.

Eu mesmo sempre defendi a presença de héteros nos movimentos, até porque muitos héteros sofrem com a homofobia. Muitos pais de gays sofrem, muitos amigos de gays sofrem, muitos héteros que parecem ser gays sofrem... Eu sou partidário sim de uma "luta contra a homofobia", da qual todos podem participar, em vesz de uma "luta LGBT" somente.

Isso é ser queer? Bom, com certeza, não isso, né? Até porque discordo dessa fala "Eu sou queer", "Fulano é queer" - uma teoria que supõe quebrar com o padrão identitário não pode se tornar ela mesma uma nova e padronizada identidade...

Ah, não posso esquecer!! A cereja do bolo baiano foi o grande encontro que tive com a coordenação do glorioso E-SALVADOR: Everson, Hami e Revison. Conversamos sobre o fortalecimento do grupo em Soterópolis e suas próximas atividades. Vem muita novidade por aí!

Coordenadores do E-SALVADOR: cara de mau, mas galera do bem

Como diz Ivete, Foi massa!! =D

Deco e Lohren no ACRE

E não é que semana passada voamos eu e Lohren Beauty para o ACRE?? =D

Convidados pela AHAC (Associação de Homossexuais do Acre), eu fui dar uma palestra sobre sexualidade, juventude e educação LGBT. Também falei sobre o E-jovem e, claro, a Escola Jovem LGBT. Faleipara um auditório lotado de alunos do ensino médio do CERB, Colégio Estadual Barão do Rio Branco, um dos mais tradicionais da cidade de Rio Branco, capital do Acre.

O bom e velho "4 Pilares da Sexualidade"

Já Lohren deu uma oficina sobre preconceitos e estereótipos - que, diga-se de passagem, AHAZOU, claro. Totalmente dinâmica, a oficina terminou com todos os participantes pintando a bandeira do movimento LGBT do Acre. Ficou muito linda! Será emoldurada e exibida no Centro de Referência LGBT de Rio Branco.


Lohren, toda diva, coordenando sua oficina

E ainda deu pra passear um pouquinho!! Rio Branco é belíssima, conhecemos o Palácio Rio Branco, o centro antigo restaurado (Gameleira), o Mercado Velho, as praças da Revolução Acreana e dos Povos da Floresta, as pontes sobre o Rio Acre...


Deco & Lohren, um romance amazônico! Ao fundo, o rio Acre...

Agradecimentos, milhões, ao Germano e à Rose, verdadeiros líderes da AHAC e do movimento LGBT do Acre, e à galera do grupo ELA (Entidade Lésbica do Acre) que também ajudou na organização da Semana da Diversidade. Ontem eles tiveram Parada, tomara que tenha dado tudo certo!!

Atualização: E deu SUPER certo, 100 mil pessoas na Parada do Acre!!

AHAZARAM!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Célio Turino apoia direitos LGBT em Campinas

Célio Turino apoia direitos LGBT em Campinas

Célio Turino e Deco Ribeiro:
compromisso com a comunidade LGBT

Os movimentos LGBT de Campinas participaram de um Ponto de Encontro com Célio Turino na noite do dia 8/9 e levaram para o candidato suas principais reivindicações.

O casamento civil, a preservação dos direitos dos filhos de casais homosexuais e a luta contra a homofobia estão entre as principais reivindicações da comunidade LGBT.

Célio Turino, que defende o respeito ás diferenças e à diversidade e escolhas, ouviu os representantes dos principais movimentos LGBT presentes à reunião e assinou a Carta-compromisso elaborada por Deco Ribeiro, coordenador do E-jovem, Ponto de Cultura que abriga a primeira escola Gay de Campinas.
Na Carta-compromisso o candidato declara que apoiará e defenderá, como Deputado Federal, os direitos da comunidade LGBT

Conheça mais as propostas do Célio nessa entrevista que ele deu pro site gay ACAPA:

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

É HOJE - Bate-papo da comunidade LGBT com Célio Turino

Eu vou com a minha galera - vamos todos?? Chame seus amigos!!

É a chance de termos no Congresso Nacional um deputado federal comprometido com a conquista de nossos direitos.

O Célio é um grande incentivador da Cultura LGBT e o principal responsável pela existência, hoje, da Escola Jovem LGBT. Quem quiser conhecer mais a sua trajetória pode entrarem seu site: www.celioturino6513.com.br

Meu voto pessoal é dele desde sempre- e, se vc é do estado de SP, o convido a se juntar a nós. =D

bjo do Deco

Deco Ribeiro, diretor
Ponto de Cultura E-jovem
ESCOLA JOVEM LGBT

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

8 de setembro - Bate-papo LGBT com Célio Turino

Alunos de Dança da Escola Jovem LGBT assistem "balé drag" em SP

Les Ballets Trockadero de Monte Carlo: "balé drag" bem humorado

Na primeira excursão da Escola Jovem LGBT de Campinas, os alunos do grupo de Dança viajaram na noite desse sábado, 28, para São Paulo, assistir ao espetáculo de balé da companhia novaiorquina Les Ballets Trockadero. Os jovens foram convidados pela produtora Dell'Arte, que trouxe o divertido balé drag ao Brasil, e muitos assistiam a um espetáculo de dança pela primeira vez. Vários foram 'montados' de drag queen.

Alunos de Dança da Escola Jovem LGBT:
fervo na primeira excursão

Acompanhados pelos professores Bruna e Leandro e pelos diretores da Escola, Deco e Lohren, os meninos e meninas causaram furor no shopping onde se localizava o teatro. "Agora sei como uma pessoa famosa se sente," afirmou a aluna drag Saraivetty Close Beauty, diante dos gritos e pedidos de fotos dos adolescentes que cercaram os alunos da Escola Jovem.

As drags Lohren, Karinna e Saraivetty
fizeram a alegria da garotada no shopping

Para Lohren Beauty, presidente do Grupo E-jovem, o convite não poderia ter sido mais apropriado. "O Trockadero brinca de subverter os padrões de gênero da sociedade e é exatamente isso que estimulamos nossos alunos a fazer," comentou a drag. "A sociedade precisa ver que homens vestidos de mulher não chocam ninguém, pelo contrário, pode ser sinônimo de arte e cultura." O sentimento dos alunos pôde ser resumido em uma frase, da aluna Viviane Araújo: "Me senti chique hoje."

Primeiros alunos da Escola Jovem: visibilidade à cultura LGBT

O grupo de Dança da Escola Jovem LGBT ensaia todo sábado, das 13 às 16h e se apresentará está no final do ano, em um espetáculo centrado em um momento histórico da história LGBT. "Ainda é surpresa, mas a ideia é, ao mesmo tempo, encantar e informar os espectadores," diz a travesti Bruna Eduarda, professora do grupo.

Bruna, professora de dança: "Queremos encantar e informar"

A Escola Jovem LGBT fica na rua José Camargo, 382 - Nova Europa - Campinas/SP. Telefone: (19) 3307-3764. Contato e inscrições: escola@e-jovem.com