segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Deco na BAHIA

E não é que logo depois do Acre ainda consegui dar um pulo na BAHIA para participar do evento Stonewall 40 + o que no Brasil?, organizado pelo grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS - adoooro!) da Universidade Federal da Bahia?

Minha cara de cansado, chegando na Bahia direto do Acre...

A ideia do evento foi discutir o movimento LGBT, os estudos acadêmicos sobre a temática e as políticas públicas e identitárias desenvolvidas no Brasil após o marco histórico que deu origem ao Dia Mundial do Orgulho LGBT, em 28 de junho de 1969.

Eu, perticularmente, participei da mesa de encerramento do evento, ao lado dos professores Richard Miskolci, da UFSCar, e Suely Messeder, da UNEB. Falamos sobre novas perspectivas e desafios políticos atuais do movimento LGBT. Um debate muito interessante, me permitiu conhecer um pouco mais da política queer e até discutir um pouco os limites dessa política e da questão identitária. A fala do richard era a grande fala esperada do evento e me senti muito honrado em dividir o palco com ele - conseguimos até concordar em alguns pontos (logo eu, que não sou nada queer...).

Richard, Suely, mediadora, eu e o Prof. Leandro Colling,
coordenador do grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS)

Pelo que me pareceu do debate, o grande ressentimento queer é não se sentir parte de um movimento identitário (que se autointitula LGBT), por mais que também lutem contra a homofobia (por exemplo, héteros acadêmicos que estudem questões de gênero,sexualidade e preconceito).

Segundo Richard, o povo queer se sente mais a vontade numa luta contra a homofobia (pela aprovação do PLC122, por exemplo) do que numa luta pelo casamento gay (que só beneficiaria os LGBT). Até que dá pra entender.

Eu mesmo sempre defendi a presença de héteros nos movimentos, até porque muitos héteros sofrem com a homofobia. Muitos pais de gays sofrem, muitos amigos de gays sofrem, muitos héteros que parecem ser gays sofrem... Eu sou partidário sim de uma "luta contra a homofobia", da qual todos podem participar, em vesz de uma "luta LGBT" somente.

Isso é ser queer? Bom, com certeza, não isso, né? Até porque discordo dessa fala "Eu sou queer", "Fulano é queer" - uma teoria que supõe quebrar com o padrão identitário não pode se tornar ela mesma uma nova e padronizada identidade...

Ah, não posso esquecer!! A cereja do bolo baiano foi o grande encontro que tive com a coordenação do glorioso E-SALVADOR: Everson, Hami e Revison. Conversamos sobre o fortalecimento do grupo em Soterópolis e suas próximas atividades. Vem muita novidade por aí!

Coordenadores do E-SALVADOR: cara de mau, mas galera do bem

Como diz Ivete, Foi massa!! =D

2 comentários:

Na luta contra a Homofobia!!! disse...

OLÁ., SOMOS DA LGBT DE RESENDE NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO... TEMOS UM BLOG: HTTP://LUTALGBTRESENDE.BLOGSPOT.COM SEJA UM SEGUIDOR LÁH, ABRAÇOS E VAMOS A LUTA!!!

Anônimo disse...

Oi, eu sou EVERSON, quem quiser participar do grupo E-Salvador, entre em:
http://e-jovem.ning.com/group/esalvador
E também tem o blog do E-salvador,vamos gente participar!
http://e-ssa.blogspot.com.